Do sítio onde estou, vejo-os, aos aviões. Aterram. Descolam. Aterram. Descolam. Hoje, só os que descolam me interessam. Tenho esperança que por cada um que parta, um pouco de ti vá também. Quero ainda perguntar se, por especial favor, não podem levar esta bagagem de saudade que trago comigo. Pode ser que alguém precise mais dela do que eu. Descolam. Foi sempre assim, não foi? Partir. Um pouco de ti. Descolam. Ainda não foi tudo de ti. Ainda não foi nada de ti. Mas o que tende para zero também faz a diferença. Descolam. Sim, um pouco de ti. Ainda que só a parte que não quis ficar.

Sou míope, aí há uns 4 anos. E uso lentes de contacto há 2. É qualquer coisa assim. Desde então, gente prevenida me tem buzinado aos ouvidos:

"J., leva os óculos na mala!"
"J., leva pelo menos o estojo das lentes!"
"J., devias andar sempre com isso!"

E eu liguei? Claro que não, porque eu sou forte! E, por isso, não me importei nada de ver um filme de 2:15 h só com um olho, enquanto no outro aplicava uma suave pressão, numa tentativa inglória de aliviar a dor vil que dele se apoderava.
A ver se pra próxima não me armo em esperta!

Sempre achei que tinha sido talhada para o frio, qual escultura de gelo. Mas com as temperaturas que se fazem sentir nesta cidade, começo a pensar se não terei andado equivocada todo este tempo.

Ontem à noite, Sara Tavares, na Fnac do NorteShopping. Balancé. Fiquei fã, eu que não era. Gostei da simplicidade, gostei do ritmo e gostei do sorriso sereno dela. Porque isto da música, não é só som, se bem que esse é do melhor!

Um dia. Era só mais um dia. Lembro os cheiros. Lembro o frio cortante. Lembro as horas que se arrastavam, sem pressa. Lembro corpos que se bamboleavam ao som de música que esqueci. Lembro gentes que não sabiam que era só mais um dia que deixaria de ser mais um dia, porque eu também não sabia.
Só um dia. E a vida passa a pautar-se por um antes e um depois. Deixa de ser só um dia. Contam-se anos, por esse dia. E passou um ano, desde esse dia por onde se contam os dias.

Tempo preparação: 40 minutos
Tempo total de cozedura: 45 minutos
Quantidade: dois pirex médios (6 pessoas)

Ingredientes:
- 4 batatas médias, descascadas e cortadas em cubos pequenos
- 400 g de abóbora descascada e cortada em cubos de 1 cm
- 4 cenouras grandes descascadas e cortadas em cubos de 1 cm
- 450 g de raminhos de bróculos
- azeite
- 2 cebolas grandes, finamente picadas
- 2 pimentos vermelhos em quadrados de 1 cm
- 200 g de manteiga
- 8 colheres de sopa de farinha
- 1 l de leite
- 300 g de queijo Cheddar ralado
- 8 gemas de ovo
- sal e pimenta-de-caiena, a gosto
- 2 folhas de massa folhada pronta
- 2 ovos, ligeiramente batidos
- 1 colher de chá de sementes de sésamo

Preparação:
1. Aquecer o forno a 210ºC (gás: 6-7). Cozer as batatas, a abóbora, a cenoura e os bróculos, até ficarem tenros. Escorrer e pôr numa tigela. Aquecer o azeite numa frigideira, cozinhar a cebola e o pimento vermelho e lume médio durante 5 minutos e deitar na tigela.

2. Aquecer a manteiga num tacho. Juntar a farinha, mexer em lume brando durante 2 minutos ou até a farinha aloirar. Adicionar o leite gradualmente, mexendo até obter uma mistura homogénea. Continuar a mexer em lume médio durante 3 minutos ou até a mistura ferver e engrossar. Ferver mais um minuto, retirar do lume e deixar arrefecer ligeiramente. Adicionar o queijo e as gemas, misturando bem, e temperar a gosto.

3. Misturar o molho com os legumes e dividir pelos pirex. Estender a massa folhada, colocar por cima do recheio e pressionar as bordas para fechar bem. Pincelar com o ovo batido e salpicar com as sementes de sésamo. Levar ao forno durante 30 minutos ou até aloirar.

Servir com arroz branco e uma saladinha!

Agora, é favor saborear, apenas!!

Uma vez mais pela mão d'O Vizinho, um projecto que precisa da atenção de todos, e que, por isso, aqui divulgo.

O Projecto Pais Protectores estabelece a ligação de um cidadão português a uma criança moçambicana residente num orfanato ou dependente de uma instituição de acolhimento. Com total transparência em todas as acções desenvolvidas, os Pais Protectores acompanham estas crianças até elas alcançarem a sua independência.

Pais Protectores

O ser humano adapta-se.
Ouço-me dizer isto, repito-o vezes sem conta, de mim para mim, de mim para outros. Quero acreditar que é assim. Sei que assim é. Mas... adaptar não é ficar bem. Adaptar é continuar a viver, de outra maneira.

No café de todas as 4^as, conversas partilhadas, vidas desfolhadas sem ordem aparente. Na mesa de sempre, encostada à janela, alheamo-nos de quem passa na rua e embrenhamos-nos nas nossas histórias. "Somos de rituais!", dizemos, quando percebemos que criamos, neste momento do tempo, neste lugar do espaço, o nosso mundo em versão refúgio do mundo. E sorrimos. Por um momento, sabe ainda melhor estar aqui.

Com os chuviscos de ontem, pensei que tinha, finalmente, chegado o Inverno as I know it, mas... Não, não está cá, deve ter sido ilusão. Hoje, já não chove.

"Urdir é o tipo de verbo que não é usado o suficiente!"

E não é que tens razão?

A cidade, a minha cidade, tem agora as tuas cores, o som da tua voz desprende-se do rio, o brilho dos teus olhos ofusca-me nas luzes da noite. A minha cidade deixou de ser minha para absorver o aroma quente do teu pescoço. Em cada recanto que era a minha paz, a tua presença, a tua sombra.

Papillon, o livro.
Ora aqui está uma obra forte que tem, como ponto excepcional, a força que transmite. É impossível terminar-se este livro sem uma sensação de coragem perante a vida e as adversidades, imbuídos de um convicto optimismo verdadeiramente estimulante.

No Público de hoje, uma notícia interessante: a Sony vai lançar um leitor de livros electrónicos - o Sony Reader! Parece-me excelente! Como disse Dan Brown "não vão substituir os livros, mas têm características que os livros em papel, tradicionais, não conseguem ter", a destacar: a facilidade com que poderemos "enfiar" vários livros fantásticos num só e partir calmamente em viagem, certos de que nunca nos faltará o que ler, sem peso extra!

Uma borracha. Eu preciso de uma borracha.

Hoje, dois blogues que leio assiduamente, de amigos do Lirismo.

Vida em Monólogo
Um poemário de emoções reais, escritas na primeira pessoa, sem medo da nudez de uma alma despida.

Katraponga
Podia, cientificamente, elaborar uma descrição concisa deste recanto da blogosfera. Mas não quero. Não quero porque, neste caso, é importante que fique explícito que as palavras podem ir tão mais além, podem ser levadas tão mais longe, que uma breve descrição não seria justa!

Estou encantada com tanta simplicidade e utilidade.
O TiddlyWiki é um wiki, que tem a ENORME vantagem de não precisar de base de dados, porque fica tudo no mesmo ficheiro. Permite que qualquer pessoa crie o seu documento, que pode ser colocado em qualquer servidor, enviado por email ou confortavelmente acomodado numa pen.
Go take a look!

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