mágoa
Sento-me, para escrever, sobre mágoas que não quero saber que existem, em mim.
Encontro-as, uma a uma, paradas num espaço meu que procuro não perturbar.
Falo-lhes baixinho, e com voz doce, para que se abram para mim.
Conversamos longamente, sem pressas.
Sei-as já de cor, mas não as quero levar comigo.
Quero que fiquem aqui, neste lugar seguro, em mim, e que morram de velhice, sem dor, onde não as possa ver.
Foto: Mystic Isle de Keith Saint
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