- Que é isso que escreves? A história da tua vida? - pergunta-me o simpático senhor de barba que vem sentado ao meu lado.
Suponho que nunca tinha pensado nisso assim. Nunca vi o meu bloco de notas de argolas e papel reciclado, que levo para todo o lado, como um diário, porque na verdade não o é. Mas ele, e os que o precederam e os que ele precede, contém, de facto, a história da minha vida, codificada, compilando a minha realidade e os meus sonhos, ilusões e desilusões, verdades e não verdades, tudo o que sou, fui e/ou pensei!